domingo, 8 de maio de 2011

Somos todos heróis no anonimato.

Hoje em dia todos nós somos alvo ou deparamo-nos com situações criadas por pessoas sobre o anonimato, seja por via da Internet ou mesmo de mensagens escritas no telemóvel ou telefonemas, o que é um facto é que cada vez se assiste mais a este tipo de manifestações.

Como tal eu não fujo a regra, também já me aconteceram situações em que fui alvo disso mesmo, pessoas que enviam mensagens escritas pelo telemóvel com difamações, ameaças, provocações, etc, mas sempre como anónimos. Temos também os mais arrojados que telefonam com números privados e quando atendemos o telefone simplesmente não falam ou libertam sons secos que profanam por via oral os nossos ouvidos com injurias e calunias. Mais recentemente tive um debate aqui neste espaço com um anónimo, no entanto o civismo primou e em termos de postura em nada tem a ver com o que referi anteriormente.

Seja de que forma for que se apresentem estes anónimos, o que é certo é que só lhes devemos dar a importância que merecem, ou seja, muito pouca ou nenhuma. A impossibilidade de sabermos com quem estamos a lidar torna-nos impossível, no caso das mensagens escritas ou telefonemas, ripostarmos, logo não nos devemos afectar com isso. Não será fácil para a pessoa que o faz saber que reacção essa atitude terá em quem tentou atingir, a menos que nos seja demasiado intima e ai o caso é bem mais grave, isto porque estamos a lidar com pessoas mesquinhas e de baixo nível.

Todos sabemos que escondidos por trás de algo é bem mais fácil falar e dar a nossa opinião, ainda mais para pessoas tímidas e com muitas frustrações. No entanto quando se trata de usar dessa condição simplesmente para afectar terceiros, isso já é outra coisa, é cobardia!

Quem não tem coragem de dizer na cara não merece credibilidade, daí eu afirmar que não devemos dar importância a este tipo de pessoas que usam do factor para nos atacarem e prejudicarem. Totalmente diferente do que aconteceu por exemplo no debate que existiu aqui no blog em que a pessoa optou pelo anonimato mas sem ofender e prejudicar ninguém. Talvez por motivos pessoais ou profissionais assim o entendesse fazer. Pior são os casos de quem nos é próximo, seja amigo, colega de trabalho ou até mesmo familiar. Quem é capaz de o fazer e depois na nossa frente nos dá sorrisos e falso apoio em relação a situações provocadas por eles próprios não nos merece respeito. Claro está que é muito difícil descobrir situações destas e as pessoas vão continuar a fazê-lo, mas como se costuma dizer a mentira tem perna curta e ao mentiroso caí sempre a mascara, mais tarde ou mais cedo.

Temos então também os casos dos oprimidos e revoltados que por trás do anonimato lutam contra o sistema, fazem-no e incentivam os outros a fazer também da mesma forma. Fazem-no e incentivam a fazer dizendo que podemos ser vitimas de represálias por parte do sistema. No entanto muitos deles são os primeiros a denunciar os que incentivaram a fazer as denuncias anónimas, aliás muitos deles são os que vão depois usufruir das lutas feitas por quem eles incitaram. Há ainda os que o fazem para poderem ficar especados a assistir a rebeliões e lutas descabidas onde há sempre quem saia prejudicado enquanto o verdadeiro provocador da situação nem um gota de suor largou e ri-se do estado das coisas.

Quem tem coragem tem-na de frente e quem luta fá-lo cara a cara, sejam as consequências quais forem. Não se esconde atrás do anonimato nem atrás de ninguém. Quem nas nossas costas fala na nossa frente não nos merece respeito, é isso que eu penso.

Se temos algo a dizer em relação a alguém ou a alguma coisa, devemos fazê-lo cara a cara ou através dos meios apropriados, sem medos de represálias ou reacções. Eu pelo menos vivo de consciência tranquila porque digo o que tenho a dizer quando o devo dizer. Não guardo para mim opiniões sobre terceiros e não me escondo nem atrás de um teclado nem atrás de ninguém quando tenho algo para dizer, quem me conhece sabe que é assim, quem não conhece pode confirma-lo com o que escrevo por aqui. Digo o que tenho a dizer e dou a minha opinião sobre o que quero, sem problemas e complexos. O meu perfil identifica-me e o meu nome aparece nas pastagens.

Assim como eu sou, gostava que todos me tratassem por igual, ou seja, quando se dirigem a mim que o façam de forma frontal e sem rodeios, não se escondam e identifiquem-se, acreditem que vivemos muito melhor com os outros e principalmente connosco próprios.

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