sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Fez-se tudo ao contrário...

Portugal atravessa actualmente uma das maiores, senão a maior crise financeira da sua história, isto é do conhecimento geral e não se pode negar. Foram já muitas as vezes que falei sobre este assunto, sendo também verdade que já aqui foram enunciados muitos factores que levaram a esta situação o nosso país.

Hoje o que me leva a falar sobre isto, e que vêm de encontro ao meu post anterior que referia o nível cultural deste país, é o facto de actualmente outro dos nossos problemas é a quantidade de licenciados, não que isto seja mau, mas sim pelos problemas que isto trás e não devia trazer.

Portugal passou de país com um povo trabalhador e que vivia da Terra, um país de "operários", de lutadores, para um País onde todos querem mandar e ninguém quer fazer nada. Não estou com isto a dizer que somos todos assim, mas grande parte penso que se enquadra nisto.

Quiseram aumentar o nível de escolaridade deste País mas não pensaram nas implicações que isso trazia em termos de emprego e de desenvolvimento, e o que se vê hoje em dia no mercado de trabalho é pedirem-se licenciados para trabalhos que deviam ser para as pessoas com menor escolaridade e estes sem qualquer hipótese de encontrar emprego seja no que for.

Além deste problema, há também o facto de muitos recém-licenciados julgarem que um curso superior só por si garante um emprego de sonho e remunerado como tal. Enganam-se porque é precisamente o contrario o que acontece, hoje uma licenciatura a única coisa que garante é que num concurso fica-se ligeiramente a frente de quem não a têm.

Outra questão que se levanta é a utilidade desses mesmo licenciados, afinal de contas passámos a ter muitos doutores e engenheiros, mas pessoas para trabalhar nos chamados "ofícios" não há. Ninguém sabe "profissão" nenhuma, muitos saem da faculdade com muita matéria na cabeça mas em termos práticos pouco ou nada sabem, e quando são integrados num local de trabalho falta-lhes depois a humildade para perguntar aos mais velhos, pessoas com menos escolaridade possivelmente, como se trabalha. Isto aliado ao facto de não querem fazer qualquer coisa, sim, porque é impensável haver licenciados numa traineira de pesca, ou num trator a lavrar a Terra, ou até mesmo numa obra mas a subir e descer escadas com baldes de areia (não estou a generalizar, sei que nem todos são assim, mas grande parte é!).

Onde quero chegar com todos estes factos? É simples, na minha visão errou-se ao querer-se dar escolaridade a mais para o País que temos, pelo menos nos moldes que as coisas foram feitas. Devia ter havido uma canalização para os "ofícios" e mais exigência no ensino, isto porque eu estou convencido que nos dias que correm quem têm tempo e dinheiro facilmente tira uma licenciatura neste País. Podem achar que não é bem assim, mas se forem pesquisar a quantidade de cursos que não servem para nada e os seus conteúdos programaticos vão chegar a mesma conclusão que eu.

Aliado ao que disse, em todos os cursos deviam dar aulas de civismo, boa educação, humildade, justiça no campo humano e acrescentar História de Portugal a todos os cursos. Talvez se todos soubessem, por pouco que fosse, a nossa história e no que nos trouxe aos dias de hoje as pessoas saíssem da escola/faculdade com outra ideia do nosso País e com mais vontade de o empurrar para cima e não ainda mais para baixo.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Culturalmente evoluídos!

Actualmente um dos programas mais vistos na TV em Portugal é o reality show da TVI, A casa dos segredos (Secret Story). Todos nós assistimos, muito ou pouco, mais não seja pela curiosidade de saber o que por lá se fala, o que por lá se passa e principalmente se há "arranjinhos" que é o que a maior parte dos Portugueses gosta de ver.

No entanto o que me leva a escrever sobre este assunto, não é tanto o seu conteúdo, mas sim a falta dele. Não em relação ao formato do programa, porque esse está dentro do que julgo ser o pretendido, falo sim do conteúdo dos que nele participam.

Sei que nem todos têm de ser culturalmente evoluídos, também não podemos exigir que todos saibam tudo e também não sou o expoente máximo de inteligência, mas há mínimos...

Dizer que África é um país da América do Sul ou que fica a norte de Portugal, não saber que Madrid é a capital de Espanha, dizer que Caramulo é um Rio Português ou até mesmo dizer que um conjunto de Peixes são escamas está muito para além do que eu considero normal.

Todos sabemos que o ensino Português já teve melhores dias, não só por culpa dos Professores, como também dos próprios alunos que não se interessam e também dos encarregados de educação que pouco lhes importa, mas deve haver mínimos, alias, penso que mesmo para quem produz este tipo de programas isto é um pouco demais.

Depois ficamos admirados quando se fazem perguntas nas ruas deste país,como por exemplo quem foi o primeiro Rei de Portugal e ouvimos respostas como Mário Soares ou Jorge Sampaio...

Coitado do nosso Portugal!

domingo, 16 de outubro de 2011

Atirar pedras a quem não merece!

Antes de mandar pedras ao nosso actual Primeiro-Ministro, acho que todos deviam fazer uma pequena pesquisa e verificar se o nome dele aparece em anteriores governos, e quantas vezes esteve no parlamento como deputado do partido do governo para ver até que ponto se deve responsabiliza-lo por tudo o que o nosso pais está a passar.

Ontem houve a marcha da indignação, mas em vez de ter sido em frente ao parlamento porque não a fizeram em frente as casas dos nossos anteriores governantes?

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Mais um iluminado!


Este senhor na imagem, para quem ainda não conhece ou não teve oportunidade de o ver e ouvir falar nos órgãos de comunicação social, é nada mais nada menos que o actual secretário geral do PS, José Seguro.

Eleito recentemente e após as eleições legislativas, Seguro viu-se com a difícil tarefa de substituir e fazer esquecer José Sócrates e desde já, a meu ver, está a desempenhar bem a tarefa. Digo isto com base nas intervenções que tenho assistido deste politico.

A julgar pelas palavras vindas de José Seguro, a culpa do estado em que está o país é do actual governo, PSD/CDS-PP são os responsáveis pelo estado actual das coisas e são os únicos responsáveis pela crise que o país atravessa. Não têm necessidade nem precisam fazer nada do que está a ser feito, estão a ser demasiado exigentes com o povo Português e não há necessidade disso. Como é óbvio, a alternativa credível para resolver todo este problema só é uma, a única maneira é devolver o poder governamental ao PS, a José Seguro.

Ora eu vou relembrar ao Senhor José Seguro que este governo, esta a desempenhar funções a três meses, foi o partido dele que esteve no governo nos últimos seis anos. Não é culpa deles? Convém também relembrar que os acordos assinados com a Troika, apesar de terem sido assinados com o consentimento dos partidos do actual governo, foram-no pelo PS, governo na altura, ou José Seguro já não se lembra disso?

Os Portugueses estão fartos de ouvir estas conversas, das trocas de acusações entre os líderes políticos, queremos é que resolvam os problemas, e já não o queremos por nós, mas sim pelo futuro dos nossos filhos!