domingo, 17 de maio de 2015

O que não nos faz mal...

Todo nós temos hobbies e prazeres, uns mais enérgicos que outros mas todos nos utilizamos o nosso tempo livre para fazer algo que gostamos. Uns limitam-se a ficar por casa e ver TV ou ler um livro, outros optam por idas ao ginásio, ou futebol, ao cinema, ou simplesmente passear.

Certo é que tudo o que referi não deixam de ser os nossos hobbies e na maioria dos casos a altura em que mais praticamos os nossos passatempos são ao fim de semana, onde temos um pouco mais de tempo e liberdade para o fazer.

Também tenho os meus passatempos, um deles é este que aqui apresento, a escrita criativa ou opinativa que exponho através do blog, que posso faze-lo um pouco todos os dias pois é o que o tempo permite durante a semana de trabalho, mas tenho também outros relacionados com as minhas paixões e que os posso fazer quando tenho mais disponibilidade nomeadamente ao fim de semana, ir ao futebol e ir a igreja.

Mas o que me leva a escrever estas linhas é o facto de muitas vezes considerarmos que os nossos hobbies são algo de muito bom ou positivo na nossa vida mas na realidade podem até não o ser. Isto faz-se refletir quando os nossos hobbies ou passatempos consomem o nosso tempo e interferem nas nossas ligações com os outros.

Nem só o que nos faz mal fisicamente deve ser evitado, também o que nos possa fazer mal intelectualmente ou na relação que temos com os outros pode ser um motivo de problemas graves e deve portanto ser ponderado e avaliado por forma a saber quando e onde parar ou abrandar.

Eu acredito que ninguém se deve privar de nada, se gostamos de beber um copo com os amigos pois que mal terá isso? Se gostamos de ir ao futebol puxar pela nossa equipa, que mal terá isso? Se gostas de gastar dinheiro em roupas ou em idas ao cinema ou em compras de cd's ou dvd's que mal terá isso?

O mal está em quando isso te consome, em quando isso apodera-se da tua vida, quando os teus hobbies te controlam a ti mais que tu a eles, tal como as drogas e o álcool. É ai que tu percebes que o teu hobbie insignificante tornou-se o mandatário principal da tua vida.

Já tive oportunidade durante a minha vida de testar este tipo de situações e até hoje consegui controlar todas elas, umas de forma mais simples que outras e isso por via do controle que as coisas já exerciam sobre mim no entanto muitas delas continuam na minha vida mas de forma muito mais moderada.

Sei que pode parecer fácil falar, até podes não estar a entender o que estou a falar mas faz o seguinte exercício, pensa numa coisa que fazes na tua vida e que costumas colocar a frente de tudo, agora experimenta abstrair-te disso uns dias procura viver uma semana que seja sem isso tal qual como um toxicodependente faz para se curar de um vício pesado, e se por ventura sentires a falta ou se perceberes que as pessoas se aproximam mais de ti é porque aquele teu "amigo" te estava a controlar mais a ti que tu a ele e como tal o que tu pensas que não te faz mal afinal também não faz assim tão bem...

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