quarta-feira, 23 de março de 2011

Greve dos transportes públicos.


Compra-se o passe social para evitar o uso da viatura própria e por causa destas greves sai-se prejudicado não havendo no entanto uma compensação por parte das entidades competentes. Pelo menos deviam ser dadas alternativas gratuitas, fosse isso obrigação do governo ou até mesmo das empresas intervenientes na greve.

No entanto isto leva-me a tocar noutro ponto que penso ser importante. Já devem ter reparado nas campanhas realizadas pelo governo e autarquias para se retirarem carros das grandes cidades, mas também já devem ter reparado que só se fazem duas ou três vezes num ano inteiro, ficando depois no esquecimento. Isto tem uma razão de ser no meu ponto de vista, não há interesse que isso avance!

Não acreditam? Passo a explicar o porquê de dizer isto. Ao usar os transportes públicos ao invés do carro, o cidadão comum compra o passe social, passe esse que custa ao bolso do utilizador uma media de 40 euros mês, no entanto não é o custo total, visto que outra parcela é paga pelo estado.

Agora façam a conta ao que gasta mensalmente quem usa a viatura própria, 50 euros mínimo de combustível por mês dos quais metade é para o estado, provavelmente uma mensalidade num parque de estacionamento para evitar multas, isto não fica por menos de 20 euros que uma % também é para o estado, só aqui e no somatório dá 70 euros, 30 a mais que no passe social e sem despesa para o governo que ainda vai buscar algum nos impostos. Uma pessoa que vá só uma vez por semana a Lisboa por exemplo, paga nos transportes uma media de 7 euros ida e volta, no carro gasta uns 15 se quiser evitar multas, também aqui o estado lucra mais.

Posso estar a ver as coisas de uma maneira errada mas é a única explicação que encontro para justificar a pouca publicidade feita pelo governo e autarquias ao uso dos transportes públicos.

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