segunda-feira, 13 de junho de 2011

Será este o caminho a seguir?

Pouco depois das eleições e ainda sem governo constituído, começam a aparecer as primeiras noticias sobre o que fará o futuro governo de coligação PSD/PP liderado por Pedro Passos Coelho. Hoje surgiu uma noticia que dá conta da vontade de Pedro Passos Coelho ir mais longe, do que o exigido pela Troika, no que diz respeito as privatizações de empresas do Estado ou onde o Estado têm contributo (podem ler aqui).

Além das já mencionadas TAP, EDP e REN, exemplos mais sonantes, agora surgem nomes como Refer, CP, Metro e Carris por exemplo. Empresas onde a despesa do Estado é enorme e o lucro não chega para colmatar o que se gasta.

Seriam portanto medidas bem tomadas tendo em conta o panorama económico actual do País, é urgente reduzir a despesa pública e privatizar este tipo de empresas é um factor determinante para o conseguir. No entanto tudo tem um senão, o que hoje dá prejuízo amanhã poderá dar lucro, e privatizando hoje, dificilmente se conseguiria recuperar no futuro.

Não sou economista nem gestor, não estou muito por dentro deste tipo de assuntos mas este tipo de negócios deixa-me sempre a pensar que há sempre inconvinientes. Privatiza-se empresas nacionais e corre-se o risco de mais capital estrangeiro entrar no País e com isso ficarmos cada vez mais dependentes deste.

Portugal vai tomando medidas de corte na despesa pública através destas privatizações, que vai enriquecendo empresas estrangeiras e fragilizando as nacionais. Supondo que as coisas após esta intervenção da Troika começam a correr bem, Portugal com estas privatizações perde futuros encaixes financeiros. É verdade que pelos nomes mencionados a maior parte é empresas de transportes públicos e ai dificilmente o governo fará grandes encaixes financeiros mas se as vender não fará mesmo nenhum.

É como se costuma dizer um pau de dois bicos e que poderá num futuro próximo sair muito caro, claro está que tudo isto dentro da conjuntura actual é relativo visto que a necessidade de cortar na despesa é grande e para ontem.

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