domingo, 18 de setembro de 2011

No trabalho como na guerra: Iguais mas com cargos diferentes!

Muito se contesta neste pais contra empresas e patrões, umas vezes com razão, outras nem tanto. Acredito que não é fácil ocupar-se cargos de chefia, ninguém consegue agradar a todos, umas vezes por culpa própria outras por culpas de algo externo ou de acontecimentos que não são da responsabilidade directa das chefias.

No entanto, a meu ver, há coisas que não dependem de ninguém a não ser das próprias pessoas que estão a frente das "tropas", criar um ambiente de bem estar, alegria, condições, motivação e outros são da responsabilidade directa de quem está no comando. Não me vão conseguir provar o contrario por muito que se esforcem.

Todos nós, temos só por si algo que nos motiva e que nos faz todos os dias acordar para ir trabalhar, no entanto algo têm de ser feito pelas chefias para retirar o melhor proveito e desempenho de quem aparece para trabalhar. Não é o funcionário que só por si vai dar o litro, sim, é muito fácil ir trabalhar e mais fácil ainda encostar-se a um canto e não fazer nada. Cabe ai ao patronato extrair o que de melhor há em cada um e dar condições para que os encostados dar o melhor de si, isto de forma a que a produtividade aumente e o esforço no intuito das coisas correrem melhor também.

Se eu não tiver condições de trabalho, se não for remunerado correctamente e se verificar injustiças não vou produzir o mesmo, não é possível que assim seja. Claro que uns aguentam mais que outros e o poder de encaixe é maior, seja pelo facto de no passado já terem vivido e experienciado muita coisa, seja por precisam mais que ninguém de no mínimo ter um trabalho e que lhe paguem, muito ou pouco, mas que paguem.

Não sou sindicalista, nem acho que isso seja importante em nada, não lhes reconheço vantagens nenhumas nas suas formas de protesto, nem tão pouco os acho úteis aos funcionários, no entanto acredito que cada um por si deve expor os seus problemas e falar quando assim o entender, quando se achar prejudicado de forma sistemática.

Mais uma vez digo e afirmo, não é fácil liderar, no entanto um dos males deste pais é que alem de não ser fácil, muitas vezes quem está nesses cargos simplesmente não o sabe fazer, nem bem, nem mal, e não pergunta nem pede ajuda. Tomar decisões difíceis não é para todos, é para os audazes, e saber viver com a critica justa ou injusta também não é para todos, é mais fácil não tomar decisões e ficar na retranca, não correndo assim riscos de reparos, mas com isso ter todos os seus dependentes revoltados e insatisfeitos, que ajudar quem está abaixo mesmo que com isso esteja a por a sua posição em causa. Não é para todos!

Um chefe precisa do empregado, é esse um dos problemas de quem ocupa cargos de chefia, acha que não, que passa bem sem todos, engana-se! Sem o empregado do lado do chefe as coisas vão correr mal, o seu trabalho também será questionado, e também a sua cabeça rolará se caso para isso for.

Tive algumas experiências como responsável quando estava na tropa, na minha especialidade o mais antigo era o responsável. Sei bem as dificuldades que tinha para agradar a todos, mas saia sempre de consciência tranquila, isto porque nunca ninguém me apontou o dedo, fosse superior fosse inferior, nunca prejudiquei ninguém, e acima de tudo nunca pus a minha posição a frente fosse de quem fosse só para eu ficar bem na fotografia a custa do sacrifício dos outros.

Nada da mais prazer a um empregado que ver no momento de aflição, o patrão a suar ao lado dele, numa guerra todos são iguais, todos se protegem e todos juntos ou a vencem ou a perdem, ninguém é mais que ninguém. Quando assim não é, quando não vemos quem nos comanda ao nosso lado, não vamos encarar a guerra como nossa, mas como de alguém, sendo portanto o fracasso o fim mais que provável!

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